terça-feira, 3 de abril de 2012

Janela e Nuvens

Dois poemas em homenagem a esse fim de noite chuvoso da capital pernambucana. Aqui, a chuva vez por outra inunda a alma da gente!

JANELA

O cinza do céu do Recife
umedece meus pensamentos mais agrestes...
Um abril líquido escorre pelas paredes, árvores e ruas
alaga minha vista,
inunda meu coração.
O céu do Recife é meu mar!


NUVENS

Recife acinzenta-se.
Sem velório,
o dia morreu encharcado.
Desconheço-me morto ou sobrevivente.
Rendo-me à secura da solidão.
Meu deserto seca a chuva pálida.

2 comentários:

  1. Me identifiquei com o primeiro.

    Um abraço!

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  2. Adorei, Eduardo.
    Identifiquei-me com "Nuvens".
    A produção está de vento em popa. Continue assim!
    Bjos.

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